A influência da astronomia no dia a dia da propriedade rural
O calendário biodinâmico foi desenvolvido há mais de 50 anos pela agricultora e pesquisadora alemã Maria Thun, em seu campo experimental, iniciou uma pesquisa sobre a influência da época de semeadura do rabanete no crescimento e desenvolvimento das plantas. Para pesquisadora, as plantas recebem estímulos cósmicos benéficos que atuam diretamente sobre o desenvolvimento das raízes, folhas, caules, flores e frutos.
Segundo o “Maneje Bem”, o calendário é complexo e divide o ano em dias favoráveis e desfavoráveis para os diferentes aspectos do trabalho agrícola. Estas divisões são definidas pelo movimento da lua e dos planetas no contexto das constelações do Zodíaco.
Sendo assim, o calendário está baseado na movimentação da lua ao redor do planeta terra, no seu ciclo de 27 dias, e em sua passagem através das doze regiões do zodíaco. É um elemento da agricultura biodinâmica, praticada em mais de 50 países, em serviço da preservação do meio ambiente e produção de alimentos saudáveis para o ser humano.
Segundo a Embrapa, agricultura biodinâmica é um sistema de produção de base ecológica que integra junto a outros tipos de sistemas de produção existentes à ciência da Agroecologia. A Agricultura Biodinâmica possui suas características próprias. Entre os seus elementos de destaque estão o uso de preparados biodinâmicos (ao utilizar princípios da Homeopatia) e o acompanhamento do calendário astronômico (além das fases da lua, usa outros astros, como os signos para reger os elementos da terra).
O agrônomo Jurandy Batista de Mesquita auxilia os agricultores da vizinhança no cuidado com o plantio, através do calendário biodinâmico e também com o controle de pragas e doenças. Segundo Jurandy para ter um boa plantação e colheita não é preciso usar agrotóxico, pois, “o agrotóxico só serve para matar o mato, para destruir a natureza e nos matar”, explicou o agrônomo.
A agricultura biodinâmica assim como a agricultura orgânica, não utiliza adubos químicos, venenos herbicidas, sementes transgênicas, antibióticos ou hormônios, busca por outras alternativas para o controle de insetos. Jurandy orienta os agricultores para o uso do “querobão”, uma mistura de querosene com sabão neutro, que serve para acabar com os ataques dos insetos as plantas. O biofertilizante e a urina de vaca também podem ser utilizados para repelir as pragas, além de serem ótimos nutrientes para o plantio.
Jurandy é beneficiário do Projeto Plantar Rondônia, que é realizado pelo CES Rioterra em cooperação com a Ecoporé e Fetagro, em parceria com a Sedam e apoio financeiro do BNDES através do Fundo Amazônia.