MARKETING DIGITAL GERA RENDA PARA AGRICULTORA FAMILIAR EM ITAPUÃ DO OESTE
Não é segredo para ninguém que a internet mudou o jeito de vender, facilitou a interação do cliente com o vendedor e ajudou a alcançar mais pessoas sem ao menos sair de casa. A pandemia consolidou as vendas pela internet e mudou a forma de consumo no Brasil e exterior.
Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o setor de vendas se mostrou um dos mais resistentes à crise da pandemia. Dados da organização mostram que o WhatsApp, Instagram e outras mídias sociais já somam mais de 53% dos canais com maior atuação de vendas diretas.
A agricultora Solange Simão começou a vender os frutos retirados da sua terra na internet em 2018, nos grupos de WhatsApp e Facebook. A venda, que antes era realizada somente em Porto Velho e nos mercados de Itapuã do Oeste, passou a ser feita através das mídias sociais WhatsApp e Facebook, diretamente para os moradores e comércio local.
Moradora do município de Itapuã do Oeste, Solange é beneficiária do CES Rioterra há mais de 10 anos. Nascida no Paraná, veio para Rondônia atrás de um sonho, ter a sua própria terra. Para isso, arrendava terra para o plantio, até ter condições de comprar a sua própria. Foi assim que teve seu primeiro contato com a equipe da Rioterra, antes mesmo de adquirir sua propriedade.
A agricultora conta que sua propriedade era totalmente degradada e, com a ajuda da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) da Rioterra conseguiu plantar milhares de mudas de diversas espécies, diversificando a sua produção e renda.
Em 2020, com a pandemia, as vendas aumentaram. As pessoas passaram a procurar mais pelos alimentos da Solange, pois queriam evitar sair de casa para ir ao mercado. Além disso, os produtos da agricultora são orgânicos e saem mais em conta, se comparados com o comércio local.
O carro chefe das vendas é banana, produto mais procurado e encomendado pelos clientes. Só no ano de 2020, Solange teve um lucro de mais de R$ 15 mil reais com a venda das bananas. A agricultora também trabalha com polpas de frutas, pupunha, abóbora etc., tudo retirado da sua terra. Esse ano de 2021 ela começou a colher os frutos da lavoura de café, plantados com recursos do projeto “Plantar Rondônia” e, tem grandes expectativas com as vendas desse produto.
Solange é um dos muitos exemplos do trabalho que o CES Rioterra tem feito há 22 para que os agricultores possam ter autonomia financeira e a partir disso, passem a olhar para as ações de recuperação florestal na Amazônia como uma oportunidade de mercado e não como uma simples obrigação legal. “A Rioterra quer ajudar as guerreiras que assim como eu, trabalham no campo, pois acreditam no nosso trabalho, sabem que a mulher consegue fazer qualquer coisa”, contou Solange.
O Projeto “Plantar Rondônia” é realizado pelo Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia (CES) Rioterra, em cooperação com a Ação Ecológica Guaporé – Ecoporé e Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia – FETAGRO, com a parceria da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM e apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES através do Fundo Amazônia.